Sabe aquilo que a gente
sempre diz, sobre tirar lição do que deu errado? Pois é, tem tudo a ver com esse
pressuposto que informa que não existe fracasso, mas apenas feedback,
ou seja, apenas retorno, resultado daquilo que a gente promoveu, nos permitindo
ajustar a questão. Quer dizer, é aprendizado.
Nesse sentido, não
existe erro e sim resultado.
Quantas vezes a gente
tenta fazer algo e as coisas não acontecem como a gente havia planejado? Num
programa passado falei sobre planejar, executar, testar, ajustar, testar
novamente, ajustar quantas vezes forem necessárias, até quando estiver tudo ok
e a gente volta a planejar outro passo, executar, testar, ajustar, tudo
novamente.
Então, não há que se
falar em erro ou fracasso quando aquilo que fizemos não deu certo. Na verdade,
o resultado indesejado é o feedback, a resposta de que precisamos ajustar o plano.
Também diz respeito a outro pressuposto da Programação Neurolinguística
- PNL que ensina que se queremos resultado diferente temos que mudar o
jeito que estamos fazemos e que já mencionamos em outro programa.
Assim, não veja o
fracasso como algo ruim que se encerra em si mesmo e sim como oportunidade de
aprendizado e, mais, uma oportunidade de ser flexível e encontrar uma nova
forma de alcançar o resultado que você busca. Flexibilidade é o
resultado de muita coisa boa, em especial do sucesso em várias coisas.
Compreendendo isso,
quando algo não dá certo, não somos consumidos por sentimentos ruins, como a frustração.
Ao contrário, mantemos o ânimo para desenvolver novos caminhos, novas trilhas,
novas forma para realizar a tarefa com mais eficácia. Realizando novas
tentativas, a gente inclusive vai adquirindo experiência, bagagem, que em outro
momento será muito útil. Ou seja, toda a trajetória, todo o tempo gasto, sempre
será útil.
A maioria das pessoas
está programada para desistir quando encontram uma barreira, quando na verdade
as barreiras devem serem vistas como oportunidade aprimoramento e o
aprimoramento sempre nos coloca mais próximo do sucesso.
Já pensou se
concurseiros desistissem ao não passarem nas provas? Estamos cansados de ver
gente estudando, levando pau, estudando mais, ajustando os temas de estudo e as
formas de estudar, até que chega no ponto que passa. E passa em vários cargos,
podendo escolher qual vaga quer. Tem exemplo melhor que esse?
A gente tem mania de
desistir muito fácil, jogando a culpa da insatisfação no outro, quando o
culpado somos nós mesmos. Tudo é sempre uma relação de causa e efeito. O
que você fez para alcançar aquele objetivo? E o que pode fazer para mudar o
resultado?
Todos os resultados que
obtemos são fruto de nossas ações e decisões. Ter conhecimento e clareza disso,
te dá domínio do que está fazendo. Esse domínio só vem quando a gente aprende a
analisar os resultados indesejados ao invés de nos paralisarmos e buscarmos
culpados. Isso é pra tudo na vida: carreira, estudos, projetos pessoais. Quando
possível, peça que outra pessoa te ajude, aponte com sinceridade os possíveis
erros, anote e reanalise.
Foi analisando minha carreira que identifiquei porque não tive
sucesso como advogada. Só quando parei de advogar, esfriei a cabeça e consegui
olhar de fora a situação foi que verifiquei que para ultrapassar as barreiras,
relativas à quantidade de profissionais no mercado, eu teria que fazer
investimentos para os quais eu não estava preparada naquele momento. Atuar
sozinha te obrigada a ter um volume x de processos, para conseguir honorários
suficientes para as despesas do escritório e sua subsistência. Mas é impossível
dar conta sozinha desse volume x de processos e aí sua qualidade cai, você não
consegue dar atenção ao cliente nem ao processo. Você fica cavando novos
clientes e não dá conta de cuidar dos contratos que já tem. E o estresse é
absurdo, porque corre risco de perder prazo, prejudicando o cliente. O cliente
quer atenção e você não dá. Então, é preciso uma estrutura, uma parceria e na
época eu não via isso.
Não é só isso. Uma ação judicial tem tanta gente botando a mão,
tanta gente prendendo o andamento, tanta coisa influenciando na decisão, que só
você vê. E o cliente só culpa você. Então, a mesma análise que me levou a
identificar o que preciso fazer para alavancar o escritório me conduziu à
decisão de não voltar a advogar. Não vale a pena, é uma grana que se ganha com
muito estresse e eu não preciso disso.
Percebe a importância de parar, analisar e aprender com tudo que
deu errado? Verificando a necessidade de mudar o jeito que estava conduzindo
minha carreira jurídica, me levou a outras mudanças. Mudei de atitude e mudei
de carreira. A mudança de atitude me levou a mudar o meu mundo, a minha vida.
Em todo esse cenário, sobre tudo que falei, a gente compreende que
a flexibilidade, como mencionei, é fundamental tanto para a análise daquilo que
chamamos de fracasso e para criar ou para colocar em prática um plano B.
Esse é o recado de hoje: seja flexível, aprenda com tudo que faz,
tenha um plano B, aprenda e cresça.
********************************************************
Gostou do
texto? Deixe seu comentário, é importante para a autora.
Adriana
Fernandes é autora do texto e apresentadora do Programa NOTICIANDO, que vai ao
ar toda sexta-feira, com notícias comentadas, sem reservas, e dicas de
Programação Neurolinguística.